![](https://s2-g1.glbimg.com/K4hU28nIV8ZsEbgppPazUttHNz0=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/Z/7/SiAXa4RMSIaFxx7lutVg/bau-serie-vinho-3-310125-frame-16447.jpeg)
São Roque sedia Roteiro do Vinho, com atrações variadas que atraem 30 mil turistas por fim de semana. Em Itapetininga, visitante pode conhecer fabricação desde o vinhedo ao dormitório das garrafas. O vinho está atraindo turistas, movimentando a economia e criando uma nova geração de consumidores no estado de São Paulo. Em São Roque (SP), os 20 quilômetros de estrada formam uma das rotas turísticas mais conhecidas do estado: o Roteiro do Vinho.
📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp
Restaurantes do Roteiro do Vinho de São Roque oferecem pratos que combinam com a bebida
Reprodução/TV TEM
Ali, visitantes que buscam diversão, comida e vinho encontram diversas opções de atividades, como hotéis, vinícolas temáticas com paisagens bonitas e até uma cave com garrafas que ficaram meses enterradas. Todos os restaurantes oferecem pratos que combinam com a bebida.
Empresário Olivardo Saqui tem empreendimento no Roteiro do Vinho em São Roque
Reprodução/TV TEM
“Eu acredito que não passava mais que 2 mil pessoas por final de semana no roteiro do vinho. Hoje, só eu recebo em torno de 5 a 7 mil pessoas por final de semana com certeza, O roteiro, no modo geral, de 25 a 30 mil pessoas por final de semana”, celebra o empresário Olivardo Saqui.
SAIBA MAIS:
Vinhos SP: série da TV TEM mergulha no universo da produção de vinho do interior paulista
Vinho paulista é o 1º brasileiro: imigrantes sucedem fidalgos e fundam polos de produção
Drones, ‘brix’ e mais: tecnologia revoluciona a indústria enquanto consumo de vinho dispara no Brasil
Mesa ou fino? Tradição do vinho ‘doce’ cede espaço a outros tipos para acompanhar mudança do paladar do consumidor
‘Dupla poda’: técnica criada por engenheiro agrônomo muda a forma de fazer vinho em São Paulo
Muito além da bebida: vinhos finos motivam investimentos e expandem mercado no interior paulista
Água mineral, carvalho em pedaços e tanque de concreto: os detalhes que fazem surgir vinhos únicos em São Paulo
Coxinha, cachorro-quente e até arroz com feijão: harmonização e versão em lata ajudam a colocar o vinho no dia a dia das pessoas
São Roque sedia único curso de enologia presencial e gratuito do sudeste e forma profissionais para vinícolas de todo o Brasil
As vinícolas oferecem aulas e demonstrações aos turistas que buscam conhecer os sabores que melhor combinam com o vinho e as lojas ficam lotadas. São 16 vinícolas e produtores de vinho que empregam quase 2,5 mil pessoas em todo o roteiro e produzem 16 milhões de litros da bebida por ano. A uva é plantada em São Roque mesmo ou vem de outras regiões do país.
Tulio Patto, empresário
Reprodução/TV TEM
“Esse é um chardonnay e você vê, ele tem uma coloração muito bonita. Isso aqui, num teste às cegas, você pode até surpreender muitos dos jurados porque é um vinho bem aromático, que esconde alguns sabores e a hora que você começa a apreciá-lo, você tem um buquê muito bom, ele começa a soltar aromas e surpreende qualquer pessoa quando você fala que é um vinho paulista, produzido aqui na região de São Roque”, detalha o empresário Túlio Patto.
Público busca atrações que o encante
Colheita noturna de uvas é atração turística disputada no inverno em São Roque
Reprodução/TV TEM
Uma das experiências que mais encanta o turista em São Roque é a colheita ao luar. Anualmente, em uma noite de inverno, com temperatura em torno dos 10°C, uma vinícola abre o parreiral para que os turistas colham uvas. O evento é pago e as vagas acabam rapidamente.
A visita noturna continua em uma sala com mais de 100 barricas de carvalho cheias de vinho e termina com o jantar à luz de velas harmonizado com a bebida feita ali.
Elizabeth Rezende foi uma das participantes
Reprodução/TV TEM
“A colheita é interessante porque a gente aprende a cortar (o cacho da uva), que não pode andar com a tesoura que senão machuca os outros. É muito legal”, diz a visitante Elizabeth Rezende.
Em Itapetininga, visitante pode conhecer o vinhedo e a produção
Reprodução/TV TEM
Já em Itapetininga, em um sítio de 12 hectares situado na divisa com São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul, o visitante pode conhecer o vinhedo, o processo de fabricação e o dormitório das garrafas.
Ali, a família Marques planta 14 tipos de uva, sendo nove de variedades finas, o que equivale a 4,5 mil pés. O dono, Ademir, buscou a ajuda de enólogos para entender melhor o plantio, a produção de vinho, e as características de cada pé da fruta.
Ademir Marques, dono da vinícola
Reprodução/TV TEM
“O que eles estão provando veio do pé de uva que eles estão vendo aqui ao lado. Então isso faz muita diferença para esse tipo de público que busca ter uma experiência nos vinhedos. Eles não vão lá só para degustar um vinho elaborado. Eles vão para ver como é que é feito. Quem é que está preparando aquele vinho? Qual é a família que está por trás? Que história que você tem? A gente sente que é uma experiência que esse consumidor tem. E não somente uma degustação de um vinho pronto”, diz o dono da vinícola, Ademir Marques.
Vamos começar?
Kaio Bittencourt, sommelier
Reprodução/TV TEM
A expansão do mercado do vinho tem criado uma profusão de opções para o consumidor, mas que não deve intimidar o iniciante. O sommelier Kaio Bittencourt estuda o mundo do vinho há 12 anos e seu trabalho é justamente demonstrar a quem está começando que isso não é nenhum bicho de sete cabeças.
“A primeira dica que eu dou é cuidado, porque os rótulos são feitos para te levar a comprá-lo mesmo não conhecendo. Se sou eu quem vou fazer a receita, vai pela intensidade. Prato com peixe, com frango, é pouco intenso, pede um vinho menos intenso, um branco. Se faço questão de um tinto, um pinot noir, que é um tinto leve. Se vou fazer um churrasco, uma carne assada, uma massa com muito molho, vai para um vinho tinto. Mas se eu vou comer fora, aí vai bem genérico: um cabernet sauvignon ou um malbec, se for comida intensa, ou um chardonnay ou um sauvignon blanc, se for pouco intensa, que são os brancos”, ensina.
Outro conselho que ele dá ao comprador é não se deixar levar pela impressão de que a escolha deve recair sempre sobre o produto de maior preço. “Entre um cabernet de R$ 200 e um cabernet de R$ 80, não se preocupe com isso, todos são cabernets. Pode levar o de R$ 80, se for esse o seu orçamento”.
Murilo Albuquerque Regina, engenheiro agrônomo
Reprodução/TV TEM
Para descomplicar, o engenheiro agrônomo Murilo de Albuquerque Regina compara a degustação de um vinho à de uma feijoada.
“O iniciante ao mercado do vinho não precisa se preocupar para falar para alguém que consegue identificar notas de broto de tomate ou de grama molhada, não precisa disso: tome o vinho e sinta prazer. Igual você senta à mesa aos sábados para comer uma boa feijoada; você não precisa descrever uma ficha técnica sobre a feijoada, você come, sente prazer e pronto. O vinho é a mesma coisa”.
🎥🍷 Vinhos SP
Reportagem e apresentação: Thiago Ariosi
Produção: Carla de Campos
Imagens: Fernando Bellon e Witter Veloso
Edição de mídia audiovisual e finalização: Sergio Camargo
Edição de texto: Mateus Soares
Edição de texto web: Eric Mantuan
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VINHOS SP: assista aos episódios da série da TV TEM