O corpo de Neto Alonso, que tinha 21 anos, foi encontrado em um penhasco em janeiro de 2019. Caso está em segredo de Justiça, mas Tribunal do Júri avalia denúncia de homicídio triplamente qualificado que foi motivado por uma dívida de drogas. Neto Alonso, de 21 anos, era usuário de drogas e foi assassinado em acerto de contas com traficantes, segundo a Polícia Civil
Reprodução/TV TEM
Os quatro acusados de envolvimento na morte de Neto Alonso, sobrinho do prefeito de Marília (SP) Daniel Alonso (sem partido), são julgados pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira (26). O corpo do jovem foi encontrado em um penhasco na zona sul da cidade em janeiro de 2019.
Foram denunciados por homicídio triplamente qualificado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) Edson Alves dos Santos, Bryan Bruno Santos, Vitória Beatriz Pereira De Souza e Fernando Henrique Klem Carneiro, que responde em um processo próprio.
Segundo a investigação da Polícia Civil, Dirceu Hilário Ortega Alonso, que era conhecido como Neto Alonso, então com 21 anos, era usuário de cocaína e no dia do crime recebeu drogas de Fernando para vender, mas teria consumido os entorpecentes.
O caso está em segredo de Justiça, mas alguns detalhes sobre a denúncia constam em publicação no Diário Oficial da Justiça do Estado em que foi agendada a data do Tribunal do Júri.
Corpo de Bombeiros encontram corpo de sobrinho de prefeito de Marília em barranco
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Conforme despacho do juiz responsável, uma das qualificadoras do crime é por motivo torpe já que, segundo as investigações, o assassinato foi motivado por dívida de drogas.
“Bryan, Edson e Fernando conduziram-na até o interior do imóvel da corré Vitória e passaram a desferir vários golpes na cabeça do ofendido, com agente corto-contundente, levando-o a óbito, sendo que Vitória ficou em frente à residência vigiando, assegurando a consumação do delito”, consta no documento.
“Ainda, para ocultar o crime e obstar a persecução penal, jogaram o cadáver da vítima em um penhasco”, completa o juiz na manifestação.
O corpo de Neto Alonso, em estado avançado de decomposição, foi encontrado no dia 12 de janeiro no penhasco de aproximadamente 80 metros de altura e difícil acesso. Os bombeiros precisaram de apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar para fazer o resgate.
Bombeiros fizeram resgate em local de difícil acesso em Marília para encontrar corpo de sobrinho do prefeito de Marília (SP)
João Vitor / Arquivo Pessoal
Relembre as investigações
As investigações se seguiram após os policiais encontrarem o corpo da vítima e Bryan Bruno Santos, Edson Alves, Fernando Henrique Klem Carneiro e Vitória Beatriz Pereira de Souza foram apontados como suspeitos. A prisão de Bryan, Fernando e Vitória aconteceu em fevereiro e março de 2019.
O quarto suspeito, Edson Alves, estava foragido na época e foi preso apenas em abril do mesmo ano depois de ser encontrado em uma casa na rua Severino Zambon, no Núcleo Habitacional Nova Marília. Ao menos três deles foram mantidos presos em decisão de 2021.
Um laudo confirmou que a vítima sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas na face, dois dias depois do corpo ter sido encontrado. No dia 14 de janeiro de 2019, Neto Alonso foi enterrado, sem velório, no Cemitério da Saudade.
Na época, o prefeito Daniel Alonso divulgou nota dizendo lamentar o ocorrido e que essa era uma grande tragédia para toda família.
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