Vereadores realizam primeira rodada de depoimentos da ‘CEI do Palavra Cantada’ em Bauru


Comissão Especial de Inquérito apura suspeita de superfaturamento na compra do material didático ‘Palavra Cantada’ por parte da Prefeitura de Bauru (SP), que custou R$ 5,2 milhões aos cofres públicos municipais. Câmara de Bauru aprova CEI da Palavra Cantada
Câmara de Vereadores Bauru/Divulgação
A primeira rodada de oitivas da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura a aquisição do programa “Palavra Cantada na Escola” por parte da Prefeitura de Bauru (SP) foi realizada, nesta quarta-feira (8), na Câmara Municipal.
Essa foi a quarta reunião ordinária do colegiado, e a primeira rodada de depoimentos. O presidente da CEI, Markinho Souza (Fed. PSDB/Cidadania), conduziu os trabalhos que contam com a relatoria do parlamentar Serginho Brum (PDT). Também são membros do colegiado, os vereadores Chiara Ranieri (União Brasil), Mané Losila (MDB) e Junior Lokadora (PP).
O programa “Palavra Cantada na Escola“ foi adquirido pela Secretaria Municipal de Educação no ano de 2022 e custou R$ 5,2 milhões aos cofres públicos municipais.
Vereadores realizam primeira rodada de depoimentos da ‘CEI do Palavra Cantada’ em Bauru
Para prestar depoimentos, foram convidados a ex-secretária da Educação Maria do Carmo Monteiro Kobayashi, que esteve à frente da pasta municipal de janeiro de 2021 a outubro de 2022. Ela não compareceu ao plenário da Câmara.
O ex-assessor de gestão estratégica em educação da secretaria municipal, Clóvis Aparecido Cavenaghi Pereira, que trabalhou juntamente com a ex-secretária durante o período na pasta municipal, também foi convidado e não compareceu à Comissão.
Além deles, também foram convocados para prestar esclarecimentos o diretor de departamento de planejamento, projetos e pesquisas educacionais da secretaria de educação, Fábio Colasso Schwarz, o ex-diretor da divisão de compras e licitação da secretaria de educação, Davison de Lima Gimenes, e o assessor de gabinete da prefeita Suéllen Rosim (PSD), Daniel Fernandes de Freitas.
Fábio Colasso Schwarz contradisse o que a ex-secretária Maria do Carmo Monteiro Kobayashi afirmou em depoimentos anteriores. Segundo o diretor, ele não foi o responsável por direcionar a compra.
“Está reputando sob a minha pessoa, sob o meu profissional algumas coisas que não são verdade, no sentido de que eu fui lá e direcionei uma compra. Ela, o tempo todo, com isso inclusive aconteceram situações constrangedoras com representantes, falava ‘pode fazer, por que eu tenho dinheiro para gastar””, contou Fábio aos vereadores.
Superfaturamento
A abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi feita no dia 10 de julho. A CEI foi proposta pelos vereadores com a justificativa de suspeita de superfaturamento na compra do material, além de apontamentos negativos por profissionais da Educação, necessitando de investigação para avaliar se a forma de aquisição atende o interesse público e se não houve prejuízo ao erário.
A compra aconteceu no ano passado e custou R$ 5.295.048 à Prefeitura de Bauru. Até agora, porém, o material não foi implementado nas escolas municipais.
Essa é a segunda CEI em andamento no Poder Legislativo para investigar possíveis irregularidades do Executivo. No dia 3 de junho, os vereadores já tinham instaurado a CEI das Contrapartidas, que apura contratos entre o Executivo e empresas particulares da cidade.
Procurada, a Prefeitura de Bauru (SP) informou que, em relação aos insistentes pedidos de abertura de CEI, é notório que parte de uma minoria de oposição insiste em perseguir o mandato da prefeita Suéllen Rosim.
A prefeitura ainda pontuou que todas as ações do governo são pautadas dentro da legalidade e que prestará as informações necessárias.
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