Ao todo, 21 pessoas deverão deixar os cargos, sendo 17 servidores concursados que terão voltar para sua função de origem e outros quatro cargos que os ocupantes deverão ser exonerados. Funções na Câmara de Vereadores foram considerados irregulares em Bauru
Câmara de Vereadores Bauru/Divulgação
A Justiça julgou ilegal a existência de 11 funções da Câmara de Bauru (SP). A decisão foi publicada na quinta-feira (10) e assinada pelo desembargador e presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ricardo Anafe. O prazo é que em 120 dias as funções sejam extintas, mas a decisão ainda cabe recurso.
A assessoria da Câmara de Vereadores de Bauru informou ainda que irá recorrer da decisão do TJ/SP.
Uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) foi aberta no ano passado pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo.
O MP argumenta que as funções comissionadas são de natureza técnica e não política, e que por isso devem ser preenchidas por servidores concursados. As funções apontadas são:
Assessor especial parlamentar;
Assessor especial em finanças,orçamento e economia;
Assessor de relações institucionais e ouvidoria;
Consultor jurídico;
Controlador interno;
Diretor de apoio legislativo;
Diretor administrativo;
Diretor de recursos humanos
Diretor financeiro
Diretor de comunicação e;
Chefe de serviço.
Ao todo, 17 servidores efetivos deverão retornar às funções de origem prestadas em concursos, que hoje ocupam cargos de chefia e de direção, e que recebem gratificação. Ocupantes de outros 4 cargos considerados comissionados deverão ser exonerados.
A decisão também determina o fim do cargo comissionado de Procurador-Geral da Câmara, que deve ser ocupado por um servidor efetivo. A câmara até criou a função, mas ainda ninguém ocupou a vaga.
Essa é a segunda ação direta de inconstitucionalidade do Ministério Público contra a Câmara. A primeira ação foi em 2020 e também exigiu a extinção de cargos. A Câmara informou que por conta dessa primeira ação já fez uma readequação por meio de uma reforma administrativa.
Uma empresa foi contratada e ainda presta serviços de assessoria e consultoria especializada à Câmara para desenvolver o trabalho de reforma administrativa e a revisão do regimento interno visando atender a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
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Justiça julga como irregulares funções na Câmara de Vereadores de Bauru
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