Neste Dia dos Pais, o g1 conversou com o Diego, pai do Guilherme e do Gustavo, de 3 anos, moradores de Macatuba (SP). Mãe dos meninos morreu nos pós-parto devido a complicações do coronavírus. Jovem de Macatuba (SP) celebra terceiro dia dos Pais com filhos gêmeos
Arquivo Pessoal
O Dia dos Pais, celebrado neste domingo (13), é o terceiro que Diego Rodrigues, de 27 anos, passa com os filhos Guilherme e Gustavo, de 3 anos.
Os gêmeos nasceram após a mãe sofrer complicações para a Covid-19 e morrer durante o pós-parto. Desde então, o jovem pai de Macatuba (SP) cria os filhos junto da família como rede de apoio. Para ele, a data sempre tem um significado a mais.
“Toda vez que chega o dia dos pais eu fico emocionado. Eu olho para trás e vejo tudo o que eu passei e percebo como eu continuo forte e seguindo em frente”, conta Diego.
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O “tudo” a que ele se refere são as principais fases pelas quais os meninos passaram nos últimos três anos. Desde as cólicas de recém-nascido, desfralde, ida à escola, até os primeiros passos.
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LHC Photo Studio/Divulgação
Diego conta que esses momentos foram muito marcantes, principalmente quando Gustavo andou e chutou uma bola pela primeira vez com o uniforme do Palmeiras, time do coração da família. (Veja o vídeo abaixo).
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“Estávamos deitados aqui no chão do quarto e minha irmã gravando eles. Os meninos estavam sentados e tinha uma bola do lado deles, quando eu vi ele levantou, deu dois passinhos e chutou a bola”, lembra o pai.
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Os meninos não param desde então, brincam o dia inteiro, entraram para a escolinha e até fizeram com que o pai separasse os meninos de quarto por causa da bagunça da madrugada.
“Eles não param, é o dia inteiro correndo. Enquanto um está vendo televisão o outro está lá fora andando de bicicleta, jogando bola. (…) A gente até separou eles de quarto, por que um acordava o outro, queriam brincar de madrugada”
Hoje, com 3 anos, os gêmeos de Macatuba (SP) tem energia de sobra, segundo o pai
Arquivo Pessoal
Pai em dose dupla
Não só Guilherme e Gustavo se desenvolveram nesses três anos. Diego conta que a paternidade o desenvolveu muito por tantas responsabilidades.
“Eu amadureci muito, minha cabeça está diferente. Hoje tudo que eu faço é pensando neles.”
E complementa, que apesar de trabalhoso, estar com os filhos é sua prioridade.
“Quando eu chegava do trabalho, eu abria a porta e eles viam correndo falando papai, papai. Melhorava tudo no meu dia!”
Outro desafio encontrado pelo pai solo foi manter a memória da mãe dos meninos viva para eles. Diego sempre conta da mãe para as crianças, apesar da pouca idade.
“A gente sempre mostra foto, fala quem é a mãe deles. Só que eles são pequenos e não entendem ainda. Mas quando eles veem foto eles sabem que é a mãe.”
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Arquivo Pessoal
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