Justiça condena seis pessoas da família Mondelli por fraudes financeiras em frigorífico de Bauru


Sentença foi decretada neste domingo (1). Em 2012, os proprietários pediram recuperação judicial e desde então a situação financeira do frigorífico é discutida. Justiça condena seis pessoas da família Mondelli por fraudes financeiras em frigorífico de Bauru
Alan Schneider/TV TEM
A Justiça condenou seis responsáveis pelo antigo Frigorífico Mondelli, de Bauru (SP), por fraudes financeiras e realização de “caixa dois” durante seis anos de administração da empresa. Os crimes começaram a ser investigados depois do recebimento de uma denúncia, em 2017.
Ao longo do processo, foi constatado que, entre 2005 e 2011, os réus usaram um sistema de uma empresa de informática para movimentar o “caixa dois” do frigorífico. Durante o período, foram movimentados mais de R$ 100 milhões.
A investigação também apontou que os acusados forneciam estatísticas financeiras inexatas aos órgãos públicos.
A sentença, dada neste domingo (1) , condenou Braz Mondelli, Constantino Mondelli e Antônio Mondelli a 5 anos, um mês e oito dias de prisão. José Mondelli recebeu a sentença de 4 anos, 9 meses e cinco dias de prisão e Vangélio Mondelli e Constantino Mondelli Filho receberam as maiores penas, de 5 anos, 8 meses e dezoito dias de prisão. Os acusados poderão recorrer da decisão em liberdade.
Em nota, a defesa dos acusados que alegou ao g1 que a sentença não considerou as provas e desrespeitou a Lei de Falência e Recuperação. Eles afirmam ainda que a falta de uma perícia contábil adequada prejudicou seus direitos e questionam a legalidade do processo.
Recuperação Judicial
Em 2018 a empresa foi posta à venda em um leilão com valor mínimo determinado pela justiça de R$ 195,7 milhões, mas nenhuma proposta foi apresentada.
A situação financeira do Frigorífico Mondelli é discutida desde 2012, quando os proprietários pediram recuperação judicial. Em 2013, os acionistas e diretores foram afastados da empresa pela Justiça, que designou um administrador e um gestor judicial.
Em frente a frigorífico, famílias acampadas em fazenda de Bauru fazem novo protesto
Carolina Abelin/TV TEM
Apesar da crise financeira, as atividades do frigorífico foram mantidas para garantir o emprego dos funcionários, que chegaram a protestar por agilidade no processo de leilão da empresa que resultaria no acerto de pagamento com fornecedores e colaboradores.
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