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Edison Gasparini J\u00fanior foi presidente da Cohab por quase 20 anos, per\u00edodo em que \u00e9 acusado do e desviar R$ 54 milh\u00f5es. Desvios foram descobertos durante a Opera\u00e7\u00e3o Jo\u00e3o de Barro do Gaeco. ex-presidente da Cohab de Bauru foi condenado em a\u00e7\u00e3o civil p\u00fablica
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/TV TEM
\nO ex-presidente da Companhia Habitacional de Bauru (Cohab), Edison Gasparini J\u00fanior, mais tr\u00eas pessoas da fam\u00edlia e um funcion\u00e1rio dele se tornaram r\u00e9us por lavagem de dinheiro e outros crimes.
\nA decis\u00e3o \u00e9 do juiz F\u00e1bio Bonini, da 4\u00aa Vara Criminal de Bauru, que aceitou a den\u00fancia ajuizada pelo Grupo de Atua\u00e7\u00e3o Especial de Combate ao Crime Organizado.
\nEsse \u00e9 mais um desdobramento da opera\u00e7\u00e3o que investiga o suposto desvio de mais de R$ 54 milh\u00f5es dos cofres da Companhia Habitacional de Bauru, que foi presidida por Gasparini durante quase 20 anos.
\nNa decis\u00e3o se tornaram r\u00e9us, al\u00e9m de Gasparini, a esposa e a filha dele, Izabel e Mariana Gasparini, a sogra, Maria Giacometo, al\u00e9m do ex-diretor financeiro da companhia, Paulo Gobbi e um funcion\u00e1rio da fazenda da fam\u00edlia Gasparini, Cleberson Rocha.
\nTodos v\u00e3o responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, oculta\u00e7\u00e3o de patrim\u00f4nio e organiza\u00e7\u00e3o criminosa e s\u00e3o acusados de terem responsabilidade, direta ou indiretamente, sobre o desvio milion\u00e1rio.
\nO processo tramita sob segredo de Justi\u00e7a, mas a TV TEM teve acesso a parte das informa\u00e7\u00f5es. A a\u00e7\u00e3o do MP \u00e9 um desdobramento da Opera\u00e7\u00e3o Jo\u00e3o de Barro, deflagrada em dezembro de 2019.
\nGasparini Jr. e mais tr\u00eas familiares se tornam r\u00e9us por lavagem de dinheiro
\nA decis\u00e3o
\nNa decis\u00e3o, o juiz diz que \u201cpoderiam os acusados ter usado qualquer outro pretexto, como quitar d\u00edvidas de alugu\u00e9is, combust\u00edveis, alimenta\u00e7\u00e3o ou qualquer coisa que o valha, mas o objetivo do comportamento criminoso era, segundo o MP, um s\u00f3: desviar dinheiro da Cohab\u201d, diz o texto.
\n\u201cConclui-se, portanto, que a den\u00fancia exp\u00f4s, com clareza e \u00e0 saciedade, os fatos que configuram as infra\u00e7\u00f5es penais atribu\u00eddas aos r\u00e9us, permitindo-lhes exata compreens\u00e3o de toda a acusa\u00e7\u00e3o, de forma a lhes proporcionar o exerc\u00edcio da ampla defesa”, completa.
\nO juiz tamb\u00e9m descartou que houve v\u00edcios na condu\u00e7\u00e3o do inqu\u00e9rito criminal do Minist\u00e9rio P\u00fablico e j\u00e1 foram marcadas as primeiras audi\u00eancias de instru\u00e7\u00e3o. Elas come\u00e7am dia 22 de abril de 2024 com as testemunhas de acusa\u00e7\u00e3o. Em seguida s\u00e3o ouvidas as testemunhas de defesa e os r\u00e9us.
\nDefesa de Gasparini
\nEm nota, o advogado Leonardo Magalh\u00e3es Avelar, que defende a fam\u00edlia Gasparini, informou que “a den\u00fancia possui graves falhas t\u00e9cnicas sobre o conceito de lavagem de dinheiro e \u00e9 totalmente contr\u00e1ria ao entendimento dos tribunais superiores\u201d.
\n\u201cOs acusados est\u00e3o com a serenidade oriunda da certeza de sua inoc\u00eancia e interessados em uma resolu\u00e7\u00e3o r\u00e1pida do processo, assim como ocorreu nos outros cinco procedimentos criminais j\u00e1 arquivados sobre fatos correlatos”, completa.
\nA TV TEM n\u00e3o conseguiu contato com o ex-diretor da Cohab, Paulo Gobbi, e com o funcion\u00e1rio da fazenda de Gasparini, Cleberson Rocha.
\nDesvios na Cohab
\nGaeco faz opera\u00e7\u00e3o para combater desvio de dinheiro p\u00fablico na Cohab de Bauru
\nGiuliano Tamura\/TV TEM
\nA Cohab vive momentos turbulentos ap\u00f3s esc\u00e2ndalo revelado pela Opera\u00e7\u00e3o de Jo\u00e3o de Barro, que investiga desvios de mais R$ 54 milh\u00f5es da companhia, que teriam ocorrido entre os anos de 2007 e 2019.
\nDurante esse per\u00edodo, as parcelas de uma d\u00edvida milion\u00e1ria da companhia n\u00e3o foram pagas, inflando o saldo devedor, que chegou na casa de R$ 1,7 bilh\u00e3o. Ap\u00f3s rodadas de negocia\u00e7\u00e3o, a Prefeitura de Bauru e a Caixa Econ\u00f4mica Federal firmaram acordo para reduzir o valor.
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\nA opera\u00e7\u00e3o, deflagrada pelo Grupo de Atua\u00e7\u00e3o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Minist\u00e9rio P\u00fablico, apreendeu mais de R$ 1,6 milh\u00e3o em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, apontado como o operador do esquema. Em dezembro, a Justi\u00e7a concedeu a libera\u00e7\u00e3o deste dinheiro que estava depositado em ju\u00edzo.
\nNeste processo, o ex-presidente da companhia, Gasparini, e o ex-diretor administrativo, Gobbi, respondem criminalmente, caso em que a pena de reclus\u00e3o \u00e9 solicitada pelo MP.
\nO processo do Minist\u00e9rio P\u00fablico est\u00e1 em andamento na Justi\u00e7a.
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