{"id":3828,"date":"2023-10-21T12:31:21","date_gmt":"2023-10-21T15:31:21","guid":{"rendered":"https:\/\/spbaurumarilia.jornalfloripa.com.br\/arquivos\/3828"},"modified":"2023-10-21T12:31:21","modified_gmt":"2023-10-21T15:31:21","slug":"suspeito-de-zoofilia-e-de-matar-cachorra-a-marretadas-nega-acordo-na-justica-em-marilia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/spbaurumarilia.jornalfloripa.com.br\/arquivos\/3828","title":{"rendered":"Suspeito de zoofilia e de matar cachorra a marretadas nega acordo na Justi\u00e7a em Mar\u00edlia"},"content":{"rendered":"
Com isso, o homem de 56 anos deve responder criminalmente pelos atos de maus-tratos, que preveem pris\u00e3o de 2 a 5 anos. Em v\u00eddeo, ele confessa ter abusado sexualmente do animal e, no dia seguinte, mat\u00e1-lo. Justi\u00e7a nega pris\u00e3o de suspeito de matar cachorra ap\u00f3s suspeita de zoofilia em Mar\u00edlia
\nO homem de 56 anos suspeito de abusar sexualmente e matar a marretadas uma cachorra de seis meses, em Mar\u00edlia (SP) em mar\u00e7o deste ano negou o acordo que foi proposto pela promotoria do Minist\u00e9rio P\u00fablico.
\nO homem teria praticado a zoofilia e causados s\u00e9rios ferimentos na cachorra. No dia seguinte, ele a matou com golpes de marretada e a enterrou no quintal.
\nCom a negativa da defesa em rela\u00e7\u00e3o ao acordo, o processo ter\u00e1 continuidade com depoimento de testemunhas do caso e o homem pode responder criminalmente por maus-tratos de animais, que prev\u00ea pris\u00e3o de 2 a 5 anos.
\nO Acordo de N\u00e3o Persecu\u00e7\u00e3o Penal (ANPP) foi proposto em maio desse ano e apresentado em audi\u00eancia realizada em agosto.
\nPelo acordo, o suspeito deveria confessar formalmente o crime; prestar servi\u00e7os \u00e0 comunidade pelo per\u00edodo de 8 meses ou o pagamento de multa no valor de um sal\u00e1rio m\u00ednimo (R$ 1.320,00); avisar a justi\u00e7a de qualquer mudan\u00e7a de endere\u00e7o, telefone ou e-mail; apresentar a documenta\u00e7\u00e3o do acordo, se firmado, sempre que solicitado por autoridades e tamb\u00e9m estabelecia a proibi\u00e7\u00e3o do homem ter novos animais de estima\u00e7\u00e3o.
\nApesar da continuidade do processo e da possibilidade do suspeito responder criminalmente pelo abuso sexual e pela morte da cadela, o respons\u00e1vel pela Organiza\u00e7\u00e3o N\u00e3o Governamental (ONG) Sociedade Protetora dos Animais (Spaddes), que denunciou o crime, Gabriel Fernando, viu com preocupa\u00e7\u00e3o um caso grave de maus-tratos ter sido submetido a um ANPP.
\nDe acordo com o protetor, a legisla\u00e7\u00e3o de prote\u00e7\u00e3o aos animais v\u00edtimas de maus-tratos, a chamada Lei Sans\u00e3o de 2020, prev\u00ea a penalidade de reclus\u00e3o de de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibi\u00e7\u00e3o da guarda.
\nNesse caso, o crime deixa de ser de menor potencial ofensivo e perde benef\u00edcios como a possibilidade de acordo n\u00e3o criminal, isso porque esse tipo de acordo s\u00f3 \u00e9 aplic\u00e1vel em casos em que n\u00e3o h\u00e1 emprego de viol\u00eancia. Segundo Gabriel, casos assim podem colaborar com a sensa\u00e7\u00e3o de impunidade.
\n“\u00c9 revoltante, respeito a decis\u00e3o do promotor de Justi\u00e7a, mais tamb\u00e9m n\u00e3o podemos fechar os olhos para crueldade contra os animais, esse indiv\u00edduo precisa ser condenado pelo crime de maus-tratos”, afirma.
\nZoofilia e assassinato
\nMarreta utilizada para matar cadela em Mar\u00edlia (SP), segundo ONG
\nONG Spaddes\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nO crime foi descoberto depois que a Organiza\u00e7\u00e3o N\u00e3o Governamental (ONG) Sociedade Protetora dos Animais (Spaddes), de Mar\u00edlia (SP), registrou um boletim de ocorr\u00eancia contra o morador do bairro Argollo Ferr\u00e3o, pela suspeita de zoofilia e da morte da cadela a marretadas.
\nO registro na Central de Pol\u00edcia Judici\u00e1ria (CPJ) foi feito no dia 29 de mar\u00e7o, mas no documento consta que o abuso contra o animal, de seis meses e ra\u00e7a indefinida, foi cometido tr\u00eas dias antes.
\nConforme o relato da ONG, ap\u00f3s coleta de depoimentos de testemunhas no local, o animal sofreu s\u00e9rios ferimentos durante o abuso e depois foi abatido com golpes de marreta pelo suspeito.
\nConsta ainda no boletim de ocorr\u00eancia que a cadela chegou a ser enterrada no quintal do im\u00f3vel. Um representante da ONG, no entanto, afirma que os restos mortais foram removidos posteriormente.
\nCadela foi enterrada em quintal e removida posteriormente, segundo ONG Spaddes
\nONG Spaddes\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nEm v\u00eddeo gravado pela entidade, o suspeito chega a confessar que matou a cadela. Nas imagens, questionado sobre o ato, o homem argumenta que fez isso para aliviar o sofrimento do animal.
\n\u201cEla tava sofrendo. Foi com uma marretinha para n\u00e3o ter sofrimento. Ela tava sofrendo, n\u00e9, coitadinha\u201d, diz o homem suspeito, de 56 anos.
\nO crime chegou ao conhecimento da ONG ap\u00f3s informa\u00e7\u00f5es prestadas pela pr\u00f3pria companheira do suspeito. A mulher, que era tutora da cadela, tamb\u00e9m disse que ele mant\u00e9m v\u00eddeos de zoofilia e j\u00e1 o havia flagrado abusando sexualmente do animal diversas vezes.
\nO caso foi registrado como crime ambiental relacionado a \u201cpraticar ato de abuso a animais\u201d. A Pol\u00edcia Civil pediu a pris\u00e3o preventiva do suspeito que foi negada pela Justi\u00e7a.
\nVeja mais not\u00edcias da regi\u00e3o no g1 Bauru e Mar\u00edlia
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Com isso, o homem de 56 anos deve responder criminalmente pelos atos de maus-tratos, que preveem pris\u00e3o de 2 a 5 anos. Em v\u00eddeo, ele confessa ter abusado sexualmente do animal e, no dia seguinte, mat\u00e1-lo. Justi\u00e7a nega pris\u00e3o de suspeito de matar cachorra ap\u00f3s suspeita de zoofilia em Mar\u00edlia… Continue lendo