{"id":66,"date":"2023-04-25T12:24:59","date_gmt":"2023-04-25T15:24:59","guid":{"rendered":"https:\/\/spbaurumarilia.jornalfloripa.com.br\/arquivos\/66"},"modified":"2023-04-25T12:24:59","modified_gmt":"2023-04-25T15:24:59","slug":"chuva-de-meteoros-visivel-a-olho-nu-tem-pico-neste-fim-de-semana-professor-de-astronomia-da-dicas-para-observacao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/spbaurumarilia.jornalfloripa.com.br\/arquivos\/66","title":{"rendered":"Chuva de meteoros vis\u00edvel a olho nu tem pico neste fim de semana; professor de astronomia d\u00e1 dicas para observa\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"


Chuva de meteoros L\u00edridas tem pico entre s\u00e1bado (22) e segunda-feira (24). Em m\u00e9dia, dez fragmentos de rochas, oriundas de corpos celestes, podem ser vistos por hora, segundo o professor de Bauru (SP). Chuva de meteoros L\u00edridas
\nLeonardo Pires\/Fot\u00f3grafo
\nUma chuva de meteoros promete enfeitar o c\u00e9u na regi\u00e3o de Bauru (SP) neste fim de semana. Trata-se da L\u00edridas, que ocorre quando a Terra atravessa o rastro de poeira deixado pelo Cometa Thatcher (C\/1861 G1).
\nO fen\u00f4meno come\u00e7ou no dia 15 de abril e segue at\u00e9 o dia 29 deste m\u00eas. O pico, contudo, est\u00e1 previsto entre este s\u00e1bado (22) e a pr\u00f3xima segunda-feira (24), especialmente no domingo (23), entre 2h30 e 5h, quando a Constela\u00e7\u00e3o da Lyra, cuja estrela mais brilhante \u00e9 Vega, j\u00e1 estar\u00e1 alta no horizonte norte, e \u00e9 justamente a partir desse ponto no c\u00e9u que os meteoros lir\u00eddeos devem surgir.
\nEm m\u00e9dia, 10 fragmentos de rochas, oriundas de corpos celestes, poder\u00e3o ser vistos por hora. Como Lyra \u00e9 uma constela\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o norte do c\u00e9u, a chuva de L\u00edridas \u00e9 melhor observada nos pa\u00edses do hemisf\u00e9rio norte, onde deve apresentar at\u00e9 20 meteoros por hora. No Brasil, quanto mais ao norte do pa\u00eds, maior ser\u00e1 a chance de observ\u00e1-la.
\nDe acordo com Rodolfo Langhi, professor do Observat\u00f3rio Did\u00e1tico de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, para observar a chuva de L\u00edridas n\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio equipamentos especiais, como telesc\u00f3pios, mas ele recomenda que os interessados procurem locais afastados da \u00e1rea urbana, por conta da luz dos postes de ilumina\u00e7\u00e3o que atrapalham a visualiza\u00e7\u00e3o.
\n“Voc\u00ea pode at\u00e9 tentar usar um bin\u00f3culo ou telesc\u00f3pio, mas nunca saber\u00e1 o lugar certo para onde apont\u00e1-los para ver o meteoro. Por isso, o melhor mesmo \u00e9 usar apenas os seus olhos, deitado no ch\u00e3o e tentando observar a maior \u00e1rea do c\u00e9u poss\u00edvel, pois os meteoros s\u00e3o r\u00e1pidos e aparecem sem avisar. O melhor ponto para observar \u00e9 qualquer lugar afastado das luzes da cidade, em locais bem escuros”, comenta.
\nChuva de meteoros L\u00edridas \u00e9 flagrado por c\u00e2meras de observat\u00f3rio no RS
\nObservat\u00f3rio Espacial Heller & Jung\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nRodolfo Langhi tamb\u00e9m ressalta que as condi\u00e7\u00f5es de observa\u00e7\u00e3o prometem ser favor\u00e1veis, uma vez que estamos na lua nova (com pouca ilumina\u00e7\u00e3o natural no c\u00e9u).
\nEssa \u00e9 a primeira chuva de meteoros ap\u00f3s a Quadr\u00e2ntidas, que tem m\u00e1xima em 3 de janeiro. E \u00e9 por encerrar esse per\u00edodo e tamb\u00e9m pelo fato de a chuva Quadr\u00e2ntidas praticamente n\u00e3o ser vis\u00edvel no Brasil que, para muitos, L\u00edridas \u00e9 considerada a primeira das grandes chuvas de meteoros do ano.
\nRodolfo explica que L\u00edridas pode ser vista todos os anos no fim de abril, quando a Terra passa pela regi\u00e3o do espa\u00e7o que serviu de rota para o Cometa Tatcher (C\/1861 G1), que deixou um rastro de poeira e detritos na dire\u00e7\u00e3o da constela\u00e7\u00e3o de Lyra.
\n“Como a Terra atravessa esse ponto a cada ano, ent\u00e3o a chuva de meteoros anualmente se repete, com os picos aproximadamente nos mesmos dias. Praticamente a cada m\u00eas temos uma chuva importante de meteoros, mas elas diferem entre si na quantidade, na velocidade e colora\u00e7\u00e3o dos meteoros. Por exemplo, a chuva Lir\u00eddeos produz no pico, algo em torno de uns 10 meteoros por hora, mas essa quantidade costuma ser vari\u00e1vel”, comenta.
\nChuva de meteoros L\u00edridas no Chile, em 2020
\nYuri Beletsky\/OGLE Telescope
\nO que s\u00e3o meteoros
\nUm meteoro, popularmente conhecido como \u201cestrela cadente\u201d, nada mais \u00e9 do que um fen\u00f4meno luminoso que ocorre quando um pequeno fragmento de rocha espacial atravessa nossa atmosfera em alt\u00edssima velocidade.
\n“O planeta Terra viaja no espa\u00e7o girando em torno do Sol (esse movimento se chama Transla\u00e7\u00e3o) e de vez em quando atravessa aglomerados de poeira (part\u00edculas) de restos de cometas ou asteroides que ficam no caminho da trajet\u00f3ria da Terra. \u00c9 como um carro viajando na estrada que atravessa um enxame de abelhas. Quando isso acontece, esses pedacinhos de cometas (ou asteroides) ‘trombam’ na Terra, ou seja, elas entram na atmosfera da Terra e acabam se queimando”, explica Rodolfo Langhi.
\nChuva de meteoros registrada pelo professor da Unesp de Bauru
\nArquivo pessoal
\nMeteoro \u00e9 a “explos\u00e3o” que acontece quando um detrito c\u00f3smico entra na atmosfera e provoca um efeito luminoso no c\u00e9u. Esses pequenos objetos s\u00e3o chamados de meteoroides, materiais que se separaram de asteroides ou cometas e acabam conseguindo entrar na nossa atmosfera.
\n“Elas se queimam por causa do atrito com o ar da atmosfera devido \u00e0 alta velocidade com que caem. Ao ca\u00edrem em alta temperatura no c\u00e9u escuro \u00e0 noite, podem ser facilmente vistas pelas pessoas”, comenta o professor.
\nO atrito dos meteoritos com os gases da alta atmosfera faz com que as part\u00edculas do corpo celeste alcancem alt\u00edssimas temperaturas e, literalmente, incendeiem. Esse rastro luminoso \u00e9 o que chamamos de meteoro.
\nEvento para observa\u00e7\u00e3o
\nPara acompanhar tudo de “perto” e bem explicado, o professor convida os amantes de astronomia para o evento no Museu do Caf\u00e9, localizado a cerca de 30 minutos de Bauru, neste s\u00e1bado, a partir das 18h30.
\nNo local, ser\u00e1 poss\u00edvel observar o c\u00e9u com aux\u00edlio de telesc\u00f3pios e, ainda, desfrutar de alimenta\u00e7\u00e3o. A entrada do evento \u00e9 R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia. Reservas devem ser feitas pelo formul\u00e1rio.
\nVeja mais not\u00edcias da regi\u00e3o no g1 Bauru e Mar\u00edlia
\nV\u00cdDEOS: Assista \u00e0s reportagens da TV TEM<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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