O g1 conversou o Aluísio José dos Santos, que guarda há mais de 30 anos o carrinho que marcou o início de sua paixão. Coleção está exposta nas paredes de casa. Land Rover em miniatura, primeiro carro da coleção de Aluísio
Arquivo Pessoal
Encontrar um carrinho de brinquedo enterrado no fundo de casa em Marília (SP), quando tinha apenas 7 anos, foi mais do que uma surpresa para Aluísio José dos Santos. A Land Rover de metal, que ele guarda com carinho até hoje, se tornou o ponto de partida para um hobby que o acompanha há mais de três décadas.
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Atualmente, aos 40 anos, o apontador de estoque mantém uma coleção com mais de 2,5 mil miniaturas que começou a reunir mais tarde, aos 20 anos. Em entrevista ao g1, ele estaca que cada carrinho guarda uma memória especial e que transformou a paixão em um elo com sua família. A coleção está exposta em painéis nas paredes da casa.
“Meus filhos são meus parceiros, literalmente. Sempre que saímos, eles perguntam se já peguei carrinho. É uma interação muito legal, literalmente de pai pra filho. Minha esposa, eu não tenho nem palavras pra falar o quanto ela me ajuda. Literalmente, se não fosse ela, os painéis na sala não teriam saído”, afirma.
Entre os itens mais valiosos financeiramente, Aluísio cita um pack temático dos Caça Fantasmas, presente da esposa, Ana Caroline da Silva Culura, e os dois primeiros packs de carrinhos dados por sua mãe, que morreu há oito anos.
Carros em miniatura da franquia Caça Fantasmas
Arquivo Pessoal
Mais de 2,5 mil miniaturas
Aluísio começou a investir na paixão aos 20 anos, quando teve seu primeiro emprego formal. Desde então, o hobby cresceu. Atualmente, ele possui mais de 2,5 mil miniaturas, em sua maioria na escala 1/64 (que são carrinhos com tamanho de 7,5 centímetros) e uma pequena parte em outros tamanhos.
“Eu sou meio eclético, eu gosto de tudo. Os DeLorean, do De Volta Para o Futuro, estou tentando colecionar todos eles que eu acho”, afirma.
Segundo o colecionador, entre as peças mais valiosas, está o pack temático dos Caça-Fantasmas, que na época foi comprado no valor de R$ 150, mas nos dias atuais pode estar valendo o dobro ou triplo.
Família e hobby
A coleção de Aluísio não é apenas um hobby pessoal, mas algo que envolve toda a família. Sua esposa e seus filhos, Luís Miguel, de 6 anos, e Arthur, de 3, participam ativamente.
Filhos de Aluíso compartilham a paixão pelas miniaturas de carrinhos em Marília
Arquivo pessoal
“Eles olham, acham bonito e já me dá para guardar. Ambos não mexem na coleção, ambos respeitam a coleção, desde quando eles têm a noção de mexer, de pegar. Eles foram pegando gosto. Não sei se alguém vai continuar, dar sequência, mas creio que vai ter sim, se não for de um, será dos dois.”
Ana Caroline, sua companheira há anos, é uma das principais incentivadoras do hobby. Segundo Aluísio, sem ela o sonho não teria sido realizado
“Ela pegou o meu sonho e virou o sonho dela. Ela é primordial na minha vida pessoal e de hobby. Às vezes deixa de comprar alguma coisa pra ela pra comprar uma miniatura. O coração dela é muito grande e ela corre junto mesmo, ela apoia, bate de frente.”
O colecionador também planeja aumentar sua exposição até as paredes do corredor, já que hoje ocupa um painel na sala de casa.
Aluíso e a esposa que o apoia na paixão pelos carrinhos
Arquivo pessoal
Desafios
Apesar do crescimento da coleção, Aluísio enfrenta dificuldades no comércio de miniaturas. “Você acha por R$17,00, o pessoal vai lá, compra e revende por R$40,00, R$50,00.” diz.
Ele destaca, no entanto, que tem amizades e conhecidos na região de Marília que ajudam a manter o hobby, sempre lhe informando de promoções ou peças que ele ainda não tem.
Embora nunca tenha participado de eventos de colecionadores, Aluísio mantém contato com grupos online. “Eu nunca consegui ir em um evento de colecionar. Eu vejo, sigo, tem grupos aqui em Marília de colecionadores, de venda, de conversa.” comenta.
Carrinhos ficam expostos em painéis na sala do morador de Marília
Arquivo pessoal
Para Aluísio, colecionar miniaturas é mais do que um passatempo: é uma forma de se conectar consigo mesmo e com quem ama.
“Você tem que fazer o que você gosta, não ligar pra comentários maldosos, com pessoas que tentam tirar sua autoestima. O importante é você estar bem, fazer com quem te ama e quem está ao seu lado.”
Aluísio começou a reunir os carrinhos com 20 anos e hoje tem mais de 2,5 mil peças
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*Colaborou sob supervisão de Mariana Bonora.
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