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Em Jundiaí, vinícola produziu o vinho servido a dois Papas em suas visitas ao Brasil: Bento XVI, em 2007, e Francisco, em 2013. Na região de Bauru, em Itaí, plantação de 12 tipos de uva é um laboratório a céu aberto. A cidade de Sorocaba (SP) não possui nenhuma vinícola, mas sim a produção de vinho em casa. A empreitada, chamada de minivinícola, é motivada pela paixão pela bebida de um casal que não mede esforços para realizar o sonho. Até agora, mais de R$ 40 mil foram investidos na pequena fábrica, de 24 metros quadrados, que funciona no subsolo da casa.
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Os tanques e as barricas de carvalho francês estocam seis variedades de vinho, produzidas com a uva comprada de produtores de várias partes do Brasil. Assim que a carga chega, a família toda ajuda no processamento.
Fabriqueta de vinho tem 24 metros quadrados e funciona no subsolo de casa em Sorocaba
Reprodução/TV TEM
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A médica Hellora Junqueira conta que alguns dos rótulos homenageiam o nascimento das filhas do casal.
“O prazer é todo o processo. É um momento único, inesquecível para a gente, Porque a gente consegue envolver toda a nossa família nisso e ver o vinho engarrafado é indescritível. É muito legal. Esse rótulo foi em homenagem a ela, agora vamos ter uma edição especial da nossa segunda filhinha chegando, teve algumas pessoas que colocaram a mão, tem algo especial em cada uma de nossas garrafas”, diz.
Hellora Junqueira e Stefan August fabricam vinho em casa
Reprodução/TV TEM
Segundo o empresário Stefan August, o objetivo é fazer um vinho bom e que agrade aos familiares e amigos, sem planos de comercialização, pelo menos por enquanto. “Se as coisas evoluírem muito bem, a gente conseguir crescer, porque não expandir um pouco o negócio. Mas o objetivo não é esse, é fazer um vinho bem feito, para a gente, como hobby, junto com a nossa família”.
Vinho Canônico
Uma vinícola em Jundiaí (SP) produziu o vinho servido a dois Papas em suas visitas ao Brasil: Bento XVI, em 2007, e Francisco, em 2013. O feito orgulha o dono da vinícola, Clemente Maziero.
Clemente Maziero, dono de vinícola em Jundiaí
Reprodução/TV TEM
“Nosso nome foi levado para o Papa. Acho que isso é um orgulho muito grande. A gente teve o privilégio de servir dois Papas que vieram ao Brasil. Não imaginávamos isso. Acabou ficando marcado na nossa história”, celebra.
Vinho Canônico, usado nas igrejas, é produzido em Jundiaí
Reprodução/TV TEM
A bebida também foi certificada para ser usada nas igrejas todos os dias como Vinho Canônico.
“O vinho deve ser puro e utilizado não em grande quantidade, mas na quantidade certa para que assim todos que estão ali celebrando a eucaristia, e o padre que preside, possa viver essa experiência única do encontro com o Senhor, significando que o Cristo está presente”, afirma o padre Márcio Felipe Alves.
Laboratório de uvas
Uva tannat, de origem uruguaia, é aposta de vinícola em Itaí
Thiago Ariosi/TV TEM
Em Itaí (SP), na região de Bauru, uma plantação de 12 tipos de uva é um grande laboratório a céu aberto. As mudas vieram da Itália, França e alguns países da América do Sul. Os enólogos ainda não sabem se todas vão gostar do clima do Brasil, mas uma variedade que faz muito sucesso no Uruguai já está dando sinais que vai se destacar: a tannat.
“Já que estamos em uma região totalmente nova, vamos criar um laboratório com diversas variedades e experimentar, Além dos bons resultados com syrah e sauvingnon blanc, a gente tem belas surpresas. O tannat passou por maturação em barrica de carvalho, agora vai envelhecer e afinar melhor, e nos próximos meses já vai estar na garrafa”, anuncia o enólogo Paulo Giacomini.
Da mesma vinícola, um vinho de uva syrah ganhou medalha de ouro em uma degustação às cegas em Mendoza, na Argentina. A qualidade alcançada se deve ao empenho de todos aos detalhes, como o viticultor Airton Rios da Silva.
Airton Rios da Silva, viticultor
Reprodução/TV TEM
“Eu gosto mais de fazer isso na parte da tarde, quando o pessoal vai embora e você está mais tranquilo, sai dando uma olhada, se tem doença na folha, alguma praga. Cuido deles (os pés de uva) como cuido dos meus filhos, com muito amor e carinho”, descreve.
Vinícola em Itaí já ganhou diversos prêmios internacionais
Reprodução/TV TEM
Além da sediada em Itaí, concursos internacionais já premiaram outras vinícolas do interior, como de São Roque e Ribeirão Branco. Os feitos refletem a mudança de foco dos produtores paulistas, agora focados majoritariamente na produção de bebidas de maior qualidade, atraindo a atenção de novos investidores e produzindo vinhos sofisticados que não devem nada aos melhores do Brasil.
Fábio Miolo, dono de uma vinícola no Rio Grande do Sul
Reprodução/TV TEM
“São Paulo é algo realmente impressionante. Eu diria que por aquilo que temos acompanhado, tem mais de 30 projetos só no estado de São Paulo. O consumidor vai encontrar muita oportunidade de vinho brasileiro, o que não existia há 20 ou 30 anos atrás”, afirma o empresário Fábio Miolo, dono de uma vinícola no Rio Grande do Sul e participante de uma feira em Itu que reúne, todos os anos, mais de 40 expositores de várias regiões do país.
Ariana Sgarioni preside a Associação Paulista de Uva e Derivados (Vitis Paulista)
Reprodução/TV TEM
“Para o nosso setor o que deve importar é a pessoa estar consumindo vinho, e muitas vezes o vinho suave é a entrada do consumidor para esse universo, para depois ele conhecer o vinho seco, para ele tomar uma bebida que a gente, aí tem vários estudos que mostram que faz bem à saúde”, complementa a empresária Ariana Sgarioni, que preside a Associação Paulista de Uva e Derivados (Vitis Paulista).
🎥🍷 Vinhos SP
Reportagem e apresentação: Thiago Ariosi
Produção: Carla de Campos
Imagens: Fernando Bellon e Witter Veloso
Edição de mídia audiovisual e finalização: Sergio Camargo
Edição de texto: Mateus Soares
Edição de texto web: Eric Mantuan
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