
Famílias adotam o veganismo com acompanhamento nutricional e enxergam aumento na oferta de produtos. Empresários investem no setor para atender clientes, sejam eles veganos ou não. Veganismo cresce no mercado do centro-oeste paulista e empreendedores aproveitam
Reprodução/TV TEM
O veganismo tem ganhado cada vez mais espaço no centro-oeste paulista, impulsionando um mercado que atrai tanto adeptos quanto empreendedores interessados em investir nesse nicho. O setor, que abdica do consumo de produtos alimentícios de origem animal e propõe mudanças no estilo de vida, vem se expandindo com novas lojas, restaurantes e alimentos específicos.
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Além da alimentação, o veganismo envolve outras áreas de consumo. Os adeptos também evitam roupas e cosméticos que contenham ingredientes de origem ou que sejam testados em animais.
O casal Amanda Freitas e Luca Graeff adotou o veganismo e decidiu criar o filho, Caetano, de um ano e sete meses, com uma alimentação totalmente baseada em vegetais. A decisão foi tomada com acompanhamento nutricional.
“A nossa nutricionista me acompanhou desde antes da gravidez. Foi bem tranquilo. Na verdade, não é indicado para criança até o primeiro ano de vida consumir leite de vaca. Ele faz a suplementação também de ferro e de vitamina D, como qualquer bebê precisa fazer, mais a vitamina B12”, diz Freitas.
Amanda e Luca tiveram o Caetano como filho, que é vegano desde que nasceu
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Amanda, que também é confeiteira, mudou os hábitos de vida após observar o aumento na oferta de produtos veganos. Segundo ela, por mais que ainda exista um pouco de desconhecimento em relação ao que é o veganismo, as pessoas estão mais abertas.
“Ainda tem um desconhecimento. Às vezes, eu chegava em uma padaria e perguntava: ‘tem alguma coisa sem carne?’. Eles falavam: ‘tem isso aqui de presunto’. Acontece.”
Em alta
O crescimento do setor também reflete no comércio local. Após o sucesso da primeira unidade em Bariri (SP), a empresária Caroline Oréfice abriu uma loja especializada em produtos veganos em Bauru (SP). Entre os itens à venda estão salsichas, linguiças e hambúrgueres à base de soja.
Produtos à base de soja e sem proteínas de animais podem ser escolhas para diversos públicos
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Caroline explica que começou a enxergar que era um mercado lucrativo, envolvendo não só os veganos, mas outros consumidores que buscam os produtos por conta de restrições ou questões particulares.
“Era um nicho que eu não ia atender só o veganismo, mas também o público alérgico, o público com alguma restrição alimentar, o público que quer ter um estilo de vida mais saudável, os flexivegetarianos (pessoas que reduzem o consumo de proteína animal, mas não a eliminaram por completo), não só os vegetarianos e veganos”, explica Caroline.
Nos restaurantes, a demanda por refeições veganas também aumentou. A chef Erica Morandi abriu um estabelecimento especializado há cinco anos e percebeu a fidelização da clientela.
Ela explica que, aos fins de semana, recebe muitas pessoas de fora, inclusive de São Paulo. Depois de conhecer o local pela primeira vez, os consumidores retornam com frequência, segundo Erica.
“Já virou rota de alguns clientes de São Paulo. Quando eu comecei, não tinha alternativa nos lugares. Hoje tem muita gente que tem a opção vegana nos lugares. Eu acho isso super legal também.”
Erica é chefe de cozinha em estabelecimento especializado em comidas veganas há cinco anos
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Veja a reportagem completa abaixo:
Mercado vegano cresce no centro-oeste paulista e empresários investem no setor
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