Abelardo Camarinha e Mario Bulgareli, além de outros acusados, foram absolvidos com outras pessoas acusadas de improbidade administrativa. Ainda cabe recurso. Abelardo Camarinha e Mário Bulgarelli, ex-prefeitos de Marília (SP)
Reprodução / TV TEM
Os ex-prefeitos de Marília (SP), Abelardo Camarinha e Mario Bulgareli, foram absolvidos da acusação de improbidade administrativa por suposto recebimento de propina de empresa contratada para fornecimento de merenda escolar ao município.
Ainda cabe recurso contra a sentença assinada pelo juiz Luís Cesar Betoncini, da 3ª Vara Cível de Marília, nesta quarta-feira (12). A ação civil pública foi iniciada em 2011 e tem como réus dez pessoas, além da prefeitura e da empresa SP Alimentação.
O magistrado considerou as acusações contra todos eles improcedentes. Além dos ex-prefeitos, eram acusados de suposto recebimento de propina Carlos Umberto Garrosino, Marildes Lavigne da Silva Miosi e Nelson Virgílio Grancieri, assessores de ambos.
Pelo suposto pagamento de propina eram acusados Eloizo Gomes Afonso Durães, Antonio Santos Sarahan, Olésio Magno de Carvalho e Silvio Marques. Em sentença foi determinada a liberação de bens dos envolvidos que estavam indisponíveis.
O Ministério Público apontou o recebimento de R$ 650 mil por cada um dos acusados no período em que a empresa foi contratada pela prefeitura de Marília, entre 2003 e 2005. Supostamente, Abelardo recebia 5% do valor de contrato e Mario Bulgareli outros 5%.
Segundo o juiz, no entanto, as principais provas existentes no processo foram apresentadas por um homem chamado Genivaldo Marques dos Santos, ligado à empresa, mas que acabou preso em flagrante em 2016 sob acusação de tentativa de extorsão contra Camarinha.
Genivaldo foi detido pela Polícia Federal após receber dinheiro de Carlos Garrossino, segundo a sentença, “para mudar o depoimento que envolvia Abelardo no recebimento de propina”. Equipe policial acompanhou o pagamento em uma operação montada para esse fim.
“Qual credibilidade merecem as declarações, e também os relatórios de propina por si entregues, de alguém que age desta forma?”, questionou o juiz na sentença, sobre Genivaldo. Para ele, as provas juntadas ao processo não permitem concluir que houve improbidade administrativa.
Em nota, o ex-prefeito Abelardo Camarinha disse que “sofreu quase duas décadas com essa ‘espada no pescoço’, para depois ser feita a Justiça”.
Abelardo afirma que “se sente o responsável pela criação de toda a rede de Educação básica, média e fundamental de Marília, com a construção de mais 40 escolas na cidade e não poderia conviver com a pecha difamatória criada por seus adversários políticos”.
O g1 não conseguiu contato com os outros envolvidos.
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Ex-prefeitos de Marília são absolvidos em acusação de propina na merenda
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