Lontra é flagrada se alimentando às margens do Rio Tietê no interior de SP

🦦 O flagrante foi feito pela pescadora Joelza Aparecida, na sexta-feira (4), em Anhembi (SP). Mamífero semiaquático é parente da irara e da ariranha. Lontra é flagrada às margens do Rio Tietê em Anhembi
Uma visitante ilustre foi vista enquanto se alimentava tranquilamente às margens do rio Tietê, em Anhembi, no interior de São Paulo. A pescadora Joelza Aparecida foi surpreendida por uma lontra se aventurando na água, na sexta-feira (4).
Ao g1, a pescadora contou que tinha acabado de recolher as redes de pesca, quando avistou o mamífero na beira do rio comendo um dos peixes. “Não tinha visto na região”, relata.
Segundo ambientalistas, a presença desse mamífero sinaliza a boa qualidade da água nesse trecho do rio.
Lontra, mamífero semiaquático, foi flagrada em Anhembi (SP)
Joelza Aparecida/Arquivo Pessoal
🦦 Lontra (Lontra longicaudis)
Com mais de um metro de comprimento, a lontra é um mamífero semiaquático, parente da irara e da ariranha, que se distribui por quase todo o território brasileiro. Apesar de ser popularmente conhecida, é considerada uma espécie cheia de “mistérios”: o animal, que tem hábito solitário, é arisco e dificilmente se mostra aos humanos.
As lontras se alimentam principalmente de peixes e crustáceos que encontram no ambiente aquático, mas também podem aderir ao cardápio pequenos mamíferos, répteis e até aves.
Apesar de adorar água, a lontra encontra refúgio em terra, mais precisamente em barrancos onde constrói tocas ou aproveita cavidades naturais para descansar. Na maioria das vezes escolhe locais com subidas íngremes para dificultar o acesso de algum possível predador. As tocas são próximas à água, onde ela se desloca rapidamente a qualquer sinal de perigo.
A espécie usa as fezes para marcar território. Geralmente são feitas em lugares visíveis como em pedras e troncos, onde outros indivíduos possam ver e logo identificar que aquele espaço já tem dono. Pesquisas apontam também que as fezes servem como manifestação de dominância hierárquica.
A gestação das fêmeas pode durar 86 dias, quando nascem, geralmente, dois filhotes. As “lontrinhas” recebem todo o cuidado nas tocas e, com 74 dias de vida, aprendem a nadar.
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