Ministro do STF também revogou a prisão preventiva de uma moradora de Bauru e duas de Tupã em decisão publicada no dia 7 de agosto. Todos terão que usar tornozeleira eletrônica. José Ricardo Fernandes Pereira era funcionário de uma empresa fabricante de maquinários de Pompeia (SP)
Arquivo Pessoal
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, concedeu liberdade provisória para José Ricardo Fernandes Pereira, morador de Pompéia (SP), que estava preso preventivamente pelo envolvimento nos ataques às sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.
A decisão foi publicada na última terça-feira (8). A liberdade foi concedida com condições a serem cumpridas pelo morador de Pompéia, que se tornou réu no processo sobre os ataques.
A revogação da prisão preventiva está condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, bem como o comparecimento semanal ao fórum local. José Ricardo também fica proibido de deixar o país e teve os passaportes cancelados, assim como eventual porte de arma suspenso.
O morador de Pompeia também está proibido de utilizar redes sociais e se comunicar com outros envolvidos nos atos golpistas registrados em Brasília. Em caso de descumprimento da decisão, está prevista a revogação da liberdade provisória.
José Ricardo era funcionário de uma empresa fabricante de maquinários de Pompeia (SP) e teve o contrato de trabalho suspenso, após ter sido preso em flagrante durante os ataques terroristas às sedes dos três poderes.
Ele responde pelos crimes de associação criminosa, ataque à democracia e tentativa de golpe de estado, além de dano qualificado e grave ameaça ao patrimônio da União.
Revogação das prisões
Na última segunda-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, também revogou prisões preventivas e colocou em liberdade mais 90 réus que são acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Bolsonarista que organizou ônibus de Bauru até Brasília estava entre os presos após atos terroristas
Facebook /Reprodução
No centro-oeste paulista, além de José Ricardo, Fátima Aparecida Pleti também teve a prisão preventiva revogada. A bolsonarista publicou nas redes que ela organizava o ônibus que saiu de Bauru para Brasília no dia do ataque.
Na publicação, ela escreveu que estava em busca de verba para a hospedagem em local próximo às sedes dos três poderes.
Bolsonarista que organizou ônibus de Bauru até Brasília está entre os presos após atos terroristas
Facebook /Reprodução
Pela decisão de Alexandre de Moraes, Fátima terá que usar tornozeleira eletrônica, deverá se apresentar semanalmente ao juiz da Comarca de Bauru, não poderá sair do país e deverá entregar o passaporte, que será cancelado.
Ela também está proibida de usar redes sociais e de se comunicar por qualquer meio com os outros envolvidos no ataque. Ainda de acordo com a decisão do STF, o descumprimento de quaisquer dessas medidas leva a revogação da liberdade provisória.
Além de Fátima, outras duas mulheres também presas pelos ataques, moradoras de Tupã, tiveram a prisão preventiva revogada.
Vanessa Harume Takasaki, moradora de Tupã, foi presa durante atos terroristas em Brasília
Instagram /Reprodução
As decisões, referentes às moradoras de Tupã Rosemeire Aparecia Morandi e Vanessa Harumi Takasaki, foram assinadas respectivamente nestas segunda e terça-feira.
Assim como no caso da moradora de Bauru, há determinação para que elas usem tornozeleira eletrônica, compareçam ao fórum semanalmente e não saiam do país.
Destruição no STF
Carlos Moura/SCO/STF
As duas também tiveram os passaportes cancelados, eventual porte de arma suspenso e foram proibidas de utilizar redes sociais e se comunicar com outros envolvidos nos atos registrados em Brasília.
O g1 tentou contato com os citados, mas não conseguiu localizar a defesa de cada um até a atualização mais recente desta reportagem.
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