Energia compartilhada ganha adeptos no interior de SP e é opção de economia; entenda como funciona


Modalidade pode ser adotada por quem mora em apartamento e também em casa próximas a prédios. Aluguel de energia gera economia na conta de luz e atrai consumidores da região
Tudo que gera uma economia no fim do mês é bom e a conta de luz é uma das coisas que é difícil economizar sem ter que diminuir o consumo. Mas uma nova alternativa vem ganhando espaço entre os moradores do interior de SP e com economia de até 20% na conta de luz, sem instalar equipamento nenhum, é a energia compartilhada.
Até quem mora em apartamento pode usar. Usar os aparelhos elétricos ficou mais econômico para Flávio Detoie Cardoso Martins. O engenheiro civil aderiu a modalidade de energia compartilhada e a fatura vem com 10% de desconto e o aplicativo da empresa produtora da energia mostra várias informações sobre a mudança de consumo.
“Estou super satisfeito, o que eles prometeram que foi o desconto de 10% na nossa conta já veio no primeiro mês. Usando o aplicativo nós conseguimos otimizar o uso dos eletrodomésticos, ver o que gasta mais a gente conseguiu reduzir e hoje a nossa conta caiu mais de 35%”
Usina de energia solar em Ribeirão Bonito
Divulgação
Flávio é cliente de uma empresa de São Paulo, com representantes em várias cidades do interior do estado, inclusive, Bauru. A usina geradora fica em Ribeirão Bonito. São centenas de placas fotovoltaicas produzindo energia limpa. O número de clientes tem crescido desde outubro do ano passado, quando a empresa começou a operar.
“Hoje pela lei, a gente tem cinco usinas na região de Ribeirão Bonito com cada uma produzindo 1 megawatts. A grosso modo essa energia é suficiente para abastecer cerca de 400 unidades consumidoras. A gente está em uma pegada bem forte de ter mais fazendas e gerar mais energia para os consumidores” , afirma o CEO da empresa, Rafael Bianco Maia.
Como funciona
Entenda como funciona o sistema de energia compartilhada
TV TEM/ Reprodução
A modalidade compartilhada funciona assim: uma usina solar é instalada por uma empresa para produzir energia.
Tudo o que é gerado é distribuído pela rede local, ou seja, pelo sistema da concessionária já conhecida pelos moradores, aquela que manda a conta todo mês pra cada um.
Essa energia então é levada até a casa, apartamento ou empresa de quem aderiu ao programa compartilhado. O cliente recebe créditos, que são somados à conta, gerando um desconto mensal.
Ele paga a energia para a concessionária e também para a usina solar. Em alguns casos, duas contas, mas mesmo assim acaba compensando.
Empresarial
Esse tipo de sistema de energia é indicado para quem mora em apartamentos ou casas com prédios em volta, mas em Bauru, empresas com várias lojas também estão aderindo à modalidade.
É porque as contas das empresas, geralmente, são bem mais altas. “Essas empresas têm esse desconto de 10 a 20% e imagina isso em uma conta de R$ 5 mil é R$ 1 mil por mês”, explica o empresário Fábio Lopes.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica, neste ano o Brasil entrou, pela primeira vez, na lista dos dez países com maior potência instalada da fonte solar. Até maio, o Brasil ultrapassou a marca de 30 gigawatts. A maior parte dessa potência vem da geração distribuída.
“Cerca de 90% de tudo de energia solar que temos distribuída no Brasil que é essa solar que de fato acontece instalada nos locais, ela é fruto do investimento próprio realizado pelo consumidor. Todo o consumidor que tiver interesse pode ter acesso, pode fazer a assinatura de um plano de energia, mesmo que ele não tenha recursos para fazer esse investimento”, afirma Barbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída Absolar.
Luiz Fernando Zanetti é dono de uma academia de teatro em Bauru. Imagina só o quanto de energia não gasta com os ambientes climatizados, luzes cênicas e tantas outras coisas ligadas nas tomadas? Justamente por isso, ele resolveu adotar a energia compartilhada. Além de ser limpa, a economia com a conta pode se tornar investimento.
“Duas coisas que me chamaram a atenção: a economia, hoje eu tenho em torno de 15% de economia na luz e a questão sustentabilidade, por ser uma forma de geração de energia sustentável. A nossa conta girava em torno de R$ 1,3 mil e R$ 1,4, hoje eu pago uns R$ 900 e a previsão é de que a gente consiga diminuir ainda mais, em torno de R$ 700.”
VÍDEOS: assista às reportagens da região
Veja mais notícias da região no G1 Bauru e Marília.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.