Débito junto ao banco federal já chegou a ser de R$ 1,740 bilhão e foi reduzido em uma primeira rodada de negociações para R$ 470 milhões. Novo acordo entre as partes propõe pagamento de R$ 383 milhões em 30 anos. Sem acordo, dívida da Cohab de Bauru com a Caixa é estimada em R$ 2 bilhões
Reprodução/TV TEM
A Prefeitura de Bauru (SP) anunciou nesta quarta-feira (30) que garantiu junto à Caixa Econômica Federal um acordo para reduzir para R$ 383 milhões o valor da dívida da Companhia de Habitação Popular de Bauru (Cohab) junto ao banco federal.
A redução do valor da dívida foi o principal resultado de mais uma rodada de renegociação realizada esta semana, em Brasília (DF), entre a Caixa, uma delegação da prefeitura de Bauru, que contou com a prefeita Suéllen Rosim (PSC) e o secretário de Finanças, Everton Basílio, e o presidente da Cohab, Everson Demarchi.
Na rodada anterior de renegociação, realizada em junho de 2022, a Caixa já havia permitido a ampliação do prazo de parcelamento da dívida, de 20 para 30 anos, o que garantiu um “fôlego” mensal de R$ 600 mil nas parcelas. O débito junto ao banco federal já chegou a ser de R$ 1,74 bilhão e foi reduzido, em uma primeira rodada de negociações entre as partes, para R$ 470 milhões.
A próxima etapa será a avaliação da minuta do acordo, pelo Jurídico do município, e em seguida um projeto de lei será enviado para análise da Câmara Municipal.
Caso o projeto de lei seja aprovado, a companhia poderá assinar o acordo com a Caixa, reduzindo a dívida para cerca de R$ 383 milhões, com pagamento por 30 anos, dentro da capacidade financeira do município. No momento, sem o acordo, o débito cresce a cada mês e está na ordem de quase R$ 2 bilhões.
Desvios na Cohab
Essa dívida também tem relação com o escândalo revelado pela Operação de Barro, que investiga desvios de quase R$ 55 milhões da Cohab que teriam ocorrido entre os anos de 2007 e 2019, período em que parcelas dessa dívida não foram pagas, o que fez crescer o saldo devedor.
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A operação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, apreendeu mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, Edson Bastos Gasparini Júnior, apontado como o operador do esquema. Em dezembro, a Justiça concedeu a liberação deste dinheiro que estava depositado em juízo.
O processo do Ministério Público está em andamento na Justiça.
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Prefeitura e Caixa Econômica Federal firmam acordo para pagamento de dívida milionária da Cohab em Bauru
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