Kerolin Nicoli é uma das apostas da técnica Pia Sundhage para o torneio mundial na Austrália e Nova Zelândia. Seu pai, morador de Bauru (SP), torce pela filha do outro lado do mundo. Kerolin e Ary Borges comemoram com dancinha em homenagem a Marta o primeiro gol do Brasil na Copa do Mundo Feminina
Getty Images
Um coração bateu mais forte em Bauru, cidade do interior de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (24).
Assim como milhares de brasileiros, Anderson Felipe, de 44 anos, vibrou com a goleada da Seleção Brasileira Feminina sobre o Panamá por 4 a 0. A diferença é que, para o promotor de vendas, um rosto familiar aparecia na tela da TV.
Sua filha, a também bauruense Kerolin Nicoli, estreava como titular na Copa do Mundo Feminina 2023, disputada na Austrália e Nova Zelândia. “Coração foi a mil hoje, uma boa estreia […] uma sensação extraordinária.”
Brasileira Kerolin disputa bola com a australiana Steph Calley durante amistoso em Sydney, na Austrália
Saeed Khan/AFP
Nascida em Bauru, Kerolin se mudou ainda criança com a mãe para Campinas (SP) , onde começou sua carreira profissional no futebol.
Com passagens pela Ponte Preta, Corinthians, Audax e Palmeiras, a jovem jogadora conta com o apoio e a torcida da família também em sua cidade natal, onde moram o pai, a madrasta e um irmão.
“Eu tentava passar para ela uma calma que eu não tinha, mas eu passava. Para ela não se preocupar com o resultado final, porque ela já é uma vencedora só por estar ali e ter passado por tantas provações pessoais”, conta o pai.
Kerolin chegou a ser convocada para a Copa de 2019, mas foi impedida de jogar após ser punida por dois anos em um exame antidoping que identificou a substância Gw1516, usada para melhorar o desempenho físico, no corpo dela.
Selecionada novamente em 2023, a jogadora é uma das principais apostas da técnica Pia Sundhage.
“Ela está jogando fora da característica dela, que é como atacante, mas, pela qualidade que ela tem, Pia a colocou como segunda volante, e parece que ela sempre jogou ali”, explica Anderson.
Da esquerda para a direita: Anderson, pai de Kerloin; Pia Sundhage, técnica da seleção; Jacob, irmão de Kerolin e a jovem jogadora
Arquivo pessoal
Mesmo longe e com grande diferença de fuso horário, pai e filha mantêm contato quase que diariamente.
“Eu falei ontem [domingo (23)] à noite com ela. Eu assisti a alguns jogos e falei que não vai ser uma Copa fácil, e que temos que estar focados a todo momento”, completa.
*Colaborou sob supervisão de Ana Paula Yabiku
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Bauruense estreia na Copa do Mundo Feminina com torcida da família: ‘Coração foi a mil’
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