Veterinários utilizam a música como forma de tratamento terapêutico para animais. Pets podem ter preferências sonoras associadas à memórias
Matheus Arruda/Arquivo pessoal
Você já se perguntou se seu pet é “pagodeiro”? “Rockeiro”? Talvez um “k-poper”? O g1 conversou com uma especialista para entender as preferências musicais dos nossos “amiguinhos de quatro patas” e como elas podem influenciar no comportamento deles.
Segundo a veterinária Djiane Steidler, de Itapetininga (SP), animais não sabem diferenciar gêneros musicais, mas conseguem associá-los à memórias positivas ou negativas, o que pode contribuir para a formação de um “gosto” por determinadas melodias.
“Os animais vão associar os sons com sensações, então, se estiver tocando uma música e você estiver fazendo carinho, dando conforto, ele vai associar essa música com algo bom, mas se tocar alguma música e esse animal sofrer algum tipo de trauma, ele vai sempre associar a música ao trauma”, explica a veterinária.
O comportamento dos animais pode ser alterado conforme o som que estão ouvindo
Matheus Arruda/Arquivo pessoal
Djiane também explica que a música além de remeter à lembranças, pode provocar sensações e estimular diferentes comportamentos. Se o pet estiver feliz com o som emitido, ele poderá ficar mais calmo e carinhoso. Contudo, se o sentimento for o contrário, ele poderá sentir medo e desconforto, e consequentemente, tentando fugir ou se esconder.
“Com músicas, o nível de estresse – o cortisol – diminui, ajudando ainda mais no tratamento de um animalzinho”, complementa a veterinária.
Os pets podem gostar ou não de música
Reprodução
O músico Charles Junior contou ao g1 que sua gata Charlotte faz questão de chegar um pouco mais perto ao ouvir as notas do violão. “Quando estou tocando violão percebo que elas gostam de ficar por perto, deitadas, como se estivessem relaxadas mesmo, meio que aproveitando o som”, comenta.
“Uma das minhas gatinhas gosta de pular no piano quando eu estou tocando, parece que ela gosta de pisar na tecla e ver que sai som, como se estivesse brincando mesmo”, finaliza o musicista.
Gata Charlotte de músico de Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal
🎶Musicoterapia
Além dos tratamentos convencionais, a veterinária Djiane utiliza musicoterapia para atender animais na clínica veterinária em que trabalha. Os pacientes são variados: cães, gatos, coelhos e até mesmo em pássaros silvestres, como o pavó.
A musicoterapia é um tratamento realizado para garantir melhor qualidade de vida utilizando música, podendo ser aplicado a humanos e animais.
A veterinária de Itapetininga (SP) usa a musicoterapia para tratar animais
Djiane Steidler/Arquivo pessoal
“A musicoterapia ajuda no bem estar dos animais, principalmente os internados em clínicas veterinárias. A música deixa o ambiente mais aconchegante, calmo e adequado para que eles possam ter uma boa recuperação”, conta Djiane.
A veterinária atua no município de Itapetininga (SP)
Djiane Steidler/Arquivo pessoal
A veterinária ainda acrescenta que os animais silvestres, como algumas aves, reagem muito bem à músicas relaxantes, já que estas espécies gostam de ouvir sons da natureza. Veja vídeo do atendimento abaixo:
Pets gostam de música? Veja como entender as preferências de seu companheiro
*Colaborou sob a supervisão de Matheus Arruda
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