Investigação da Polícia Federal aponta desvios de mais de R$500 mil em recursos que seriam destinados à comunidade artística durante a pandemia de Covid-19. Prefeito e vereadores de Tupã são indiciados pela PF em esquema de desvio de recurso da Lei Aldir Blanc
TV TEM/Reprodução
A Polícia Federal concedeu 30 dias para a prefeitura de Tupã (SP) contratar uma empresa para auditar as contas da cidade no atual mandado do prefeito Caio Aoqui (PSD) . Ele e outros dois vereadores, são investigados sobre um esquema criminoso de desvio de recursos da Lei Aldir Blanc.
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Os recursos que totalizam mais de R$500 mil, que deveriam apoiar profissionais da cultura durante a pandemia, foram supostamente desviados e direcionados a uma rede de indivíduos com ligações políticas. Além do prefeito, os vereadores Lucas Hatano (PSD) e Charles dos Passos (PSDB) foram indiciados.
A investigação começou em 2020 e foi denunciada à PF em 2022, após uma servidora comissionada da prefeitura relatar as irregularidades.
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Segundo a apuração, os indiciados, além de não cumprirem os critérios da lei, utilizaram os recursos para financiar campanhas eleitorais.
Os crimes apontados incluem estelionato, peculato e crime organizado. A Polícia Federal acredita que o esquema possa ser apenas parte de um esquema maior, com indícios de desvios em outros programas federais.
O relatório foi enviado à Justiça Federal, e o Ministério Público pode oferecer novas denúncias.
Sede da Polícia Federal em Marília, que investiga caso de desvio de recusrsos em Tupã (SP)
Adolfo Lima/TV TEM
O que dizem os indiciados
Questionados pela TV TEM, o prefeito Caio Aoqui informou que aguarda a notificação da Justiça para ter acesso ao processo, que está em segredo, e estranha a divulgação antecipada das conclusões. Ele reafirma que não cometeu nenhum ato irregular.
O vereador Lucas Hatano destacou que não ocupava o cargo no período mencionado na investigação e que confia na Justiça e acredita que sua integridade será confirmada.
O vereador Charles dos Passos contestou as denúncias, afirmando que não participou de aprovações irregulares e acredita que sua inocência será provada no processo judicial.
A funcionária comissionada, Natalia Alves Ferreira, acusada no caso, afirmou que está disposta a colaborar e esclarecer os fatos, e que maiores detalhes serão abordados no processo judicial em andamento.
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