Em uma propriedade de Itatiba (SP), peixe de água doce sensível a baixas temperaturas é criado em estufas com controle rigoroso de água e alimentação, garantindo produção sustentável e combate à pesca predatória. Criação de pirarucu demanda cuidados especiais e contribui para preservação da espécie
TV TEM/Reprodução
O pirarucu, conhecido como “bacalhau da Amazônia”, é um dos maiores peixes de água doce do Brasil e está ameaçado de extinção devido à pesca predatória. No entanto, no estado de São Paulo, a espécie vem ganhando espaço por meio da criação em cativeiro, um processo que requer uma série de cuidados.
Em uma propriedade localizada na região de Jundiaí, cerca de 3 mil pirarucus são criados em 17 tanques, que totalizam mais de 1 milhão de litros de água.
Por ser um peixe sensível a baixas temperaturas, sua criação demanda cuidados específicos. Em Itatiba (SP), a criação é realizada em estufas, com tanques de ferro, cimento e alguns forrados com geomembranas, um plástico resistente aos raios ultravioleta e ataques químicos. A água dos tanques deve estar quente, entre 28 Cº e 30 Cº, e em constante movimento.
Veja a reportagem exibida no programa em 28/05/2023:
Criação de pirarucu demanda cuidados especiais e contribui para preservação da espécie
Os tratadores realizam o controle diário da temperatura, pH da água, saturação, oxigênio e salinidade. Além disso, a temperatura ambiente também deve ser mantida entre 24 Cº e 26 Cº, pois se estiver muito baixa, o pirarucu pode desenvolver pneumonia e até mesmo morrer.
A alimentação é outro aspecto crucial no cuidado com o peixe. A cada hora, o pirarucu recebe ração com 40% de proteína, uma porcentagem considerada alta. Nessa criação, são utilizados 200 kg de ração por dia.
Além dos cuidados exigentes, a criação de pirarucu demanda tempo. Desde a chegada dos peixes, leva aproximadamente um ano e meio até que atinjam um peso entre 12 e 15 kg e estejam prontos para serem comercializados.
A partir dessa propriedade em Itatiba, os peixes são vendidos para centrais de abastecimento, peixarias e também para pesqueiros. A capacidade de produção local é de 30 toneladas de peixe por ano, mas o criador pretende aumentar o número de alevinos. Atualmente, o pirarucu está sendo comercializado por R$65,00 o quilo
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Maior peixe amazônico é criado em cativeiro no interior de SP
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